Autor: Cristiane Ponce Gazzanel

Formada pela Universidade de São Paulo, sou apaixonada por crianças, por arte, por filosofia e por livros. Em uma viagem de 2 anos ao redor do Brasil, conheci e contei histórias de todas as cores e potências. Acredito na formação de seres humanos baseada em Respeito, Diversidade, Justiça Social e, por isso, decidi fazer parte do clube Minha Pequena Feminista, onde atuo na área Administrativa e de apoio à curadoria há mais de 2 anos.

Princesas feministas: Livros para desconstruir padrões estéticos e comportamentais na infância

Chega de princesas que só existem para agradar príncipes salvadores!

Na infância, muitas meninas são levadas a acreditar que devem buscar um padrão de beleza e de comportamento equivalentes aos de uma princesa. Isso acontece, pois as meninas são expostas a histórias de princesas desde muito cedo. Aqui no clube, acreditamos que devemos desconstruir algumas princesas tradicionais e dar um novo significado a elas. E, por isso, trouxemos algumas sugestões de livros com princesas feministas, que trazem protagonistas corajosas, independentes, inteligentes e inspiradoras que tanto amamos.

Todos os títulos foram enviados para assinantes aqui do clube Minha Pequena Feminista e as reflexões sobre cada um dos títulos foram feitas pela curadora do clube Lavínia Dorfman Palma, uma psicóloga feminista, especialista em psicologia clínica e mãe de Júlia. Você pode conhecer mais sobre o seu trabalho através de seu instagram @psicologalavinia.

Minha Pequena Feminista - Clube de Livro Infantil Feminista

O clube Minha Pequena Feminista é um clube de assinatura de livros infantis focado na escolha de livros com protagonistas meninas e mulheres! O objetivo da curadoria é trazer histórias que promovam a igualdade de gênero e o empoderamento feminino, demonstrando a importância de trazer referências de mulheres bem-sucedidas e independentes desde muito cedo.

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1. Lute como uma princesa – Vita Murrow

Lute como uma princesa

O livro Lute como uma princesa: contos de fada para crianças feministas foi escrito por Vita Murrow e reconta 15 contos de fadas tradicionais em um mundo de princesas poderosas.

Esse livro tem uma proposta muito valiosa: recontar histórias tradicionais. Ele traz a possibilidade de ressignificar muitos pontos e valores trazidos em clássicos infantis. Fala da importância de criarmos novas narrativas, com outros elementos.

Imagine a Branca de Neve falando sobre padrões de beleza e ciência do sono. 😴

A Pequena Sereia casando-se com uma mulher e trabalhando para manter o oceano limpo. 🌊

Já a Bela é uma destemida detetive e se aventura sem medo pela Floresta Proibida.🌲

Rapunzel torna-se uma renomada arquiteta que usa suas habilidades para mudar a realidade de sua comunidade.🏰

Cinderela é uma líder trabalhista em busca de justiça para todos.💪

A partir de uma releitura, o livro traz a ideia de que existem dados na vida desses personagens tão familiares a nós, que não sabíamos. As novas versões dessas histórias possibilitam que as crianças se identifiquem com os personagens, pois são narrativas muito próximas a nossa realidade. 

A importância desse livro

É importante destacar alguns pontos sobre o livro: Primeiramente, meninas não devem ser elogiadas por suas características físicas e, sim, por sua beleza interior. Devemos enaltecer e valorizar os talentos de nossas meninas. Devemos estimulá-las a descobrir o que gostam e o que tem facilidade em realizar. Habilidades e capacidades podem levar a uma profissão.  Desta forma, mostrar a elas que também são capazes de realizar grandes feitos e ocupar lugares de destaque e importância.

Casamento: O casamento não deve ser a principal aspiração de uma menina. Contudo, se a menina um dia casar, deverá ser com alguém com a qual a menina tenha estabelecido um vínculo saudável e de amizade, com muitas afinidades.  Encontrar um amor deve ser algo que acontece de forma natural e espontânea. Além do que, um casamento não será uma salvação na vida de uma menina.  

Sororidade: Devemos ensinar as meninas o conceito de sororidade. Mostrar que, quando juntas, as meninas podem ter ainda mais força, cada uma contribuindo com a sua habilidade. Devemos, também, desconstruir fortemente a idéia de que as meninas são rivais. Aqui ainda podemos enfatizar que o amor entre amigas pode ser muito rico e valioso. Uma amizade verdadeira pode curar e acalentar nossas dores. Muito além do príncipe, amigas podem ser grandes companheiras na estrada da vida.  

Empatia: Devemos ter como principal valor a bondade e respeito às pessoas, à qualquer pessoa, independente de classe, raça ou sexo. Trabalhar também com a ideia da diversidade e inclusão, de que ser diferente é absolutamente normal. Ser uma pessoa do bem pode trazer grandes parcerias e resultados.  

 

2. Princesas em greve – Thais Linhares

Princesas em greve!

O livro Princesas em greve, escrito por Thais Linhares  é encantador! 

Ao ler, temos a sensação de que estamos participando de uma convenção de  meninas, uma reunião que traz questionamentos necessários e valiosos. Uma pequena amostra do que tem sido o movimento de muitas mulheres, um movimento de luta, resistência e amor. E é tão bom perceber que nossas meninas, desde muito pequenas,  podem ter essa consciência! A leitura deste livro reforça a ideia de que devemos sim plantar essa sementinha na vida de nossos filhos. E que, mesmo eles sendo imaturos para entender as dificuldades de vida, eles podem ter clareza a respeito de muitas coisas. Eles podem compreender seus direitos, podem falar, reivindicar e escolher. Eles podem ter um entendimento do mundo em que vivem e do lugar que ocupam nesse mundo.  

Reflexões importantes sobre a obra

Profissão não tem gênero: Princesa não é profissão, e toda menina deve ser incentivada a ter uma profissão. Ela deve sonhar e projetar seu futuro. Meninas devem ler e estudar. O conhecimento trará consciência e possibilidade de questionamento e crescimento.  

Herói ou príncipe salvador: Não existe um herói salvador e as meninas não serão obrigadas a casar. Qualquer relação de amor é válida, desde que seja saudável e respeitosa. O amor pelos amigos e pelos animais também é fundamental. Meninas não são frágeis, podem salvar a si mesmas são fortes e tem um coração valente. 

Padrões de beleza: Meninas não precisam se preocupar somente com aparência, devem priorizar seu conforto e bem estar para, assim, poderem brincar e descobrir o mundo. Além disso, devem ser ensinadas que todas as belezas são possíveis, cada uma é valiosa do seu jeito. 

Igualdade de gênero: Brincadeiras e cores não devem ter gênero. Meninas e meninos podem brincar do que quiserem. O que ensinamos a eles quando meninas brincam de boneca e meninos de super herói? E por fim e o mais importante: Meninas – assim como meninos – podem decidir o que desejam e o lugar em que querem estar! 

 

3. A princesa que escolhia – Ana Maria Machado

A princesa que escolhia

O livro A princesa que escolhia, de Ana Maria Machado traz a história de uma princesa diferente e inovadora.

De forma leve e divertida, a escritora nos mostra o caminho de descobertas de uma jovem menina que deseja escolher seu destino.

É um livro de uma princesa que ousa dizer ‘não’ para seu pai, o rei, e sofre as consequências por conta de seu comportamento. O rei fica inconformado com a atitude da filha e resolve deixá-la de castigo na torre do palácio por discordar de sua opinião. Lá, ela descobre que o mundo é muito maior do que imaginava. Ela encontra a biblioteca de um antigo mago, aprende a navegar pela internet e faz amigos entre os empregados do castelo. Por causa de todo o conhecimento que passa a ter, a princesa ajuda a salvar o reino e enche de orgulho o rei, que a tira de seu castigo. Quando sai da torre, a menina, cheia de personalidade e inteligência, passa a surpreender todo o reino com suas decisões, mas sempre respeitando a opinião do próximo, tornando-se uma grande mulher.

 

Insights sobre a história

Esse livro fala sobre o poder de fazermos escolhas. Num primeiro momento, no início da leitura, percebemos que há um espanto quando a princesa se posiciona, o que nos faz pensar em como vemos e entendemos as meninas.  Em nossa cultura, ainda é esperado que meninas sejam amorosas e obedientes. Com isso, podemos pensar também em como reagimos diante de uma criança que se coloca,  que expõe suas ideias.

O caminho tradicional e que vem sendo utilizado há muitos anos é limitar ou até mesmo não considerar a opinião de uma criança. Muitos pais ainda utilizam punições e castigos. Afinal crianças não sabem o que é melhor para si, crianças devem obedecer. Que mensagem enviamos as crianças com isso? Estamos proporcionando que elas sejam seguras quanto aos seus gostos e escolhas? Que elas se conheçam, saibam seus sonhos e limites? 

Alguns insights que a história nos traz:

Autonomia e Solitude: A princesa aproveitou a oportunidade de estar sozinha para olhar para as coisas bonitas da vida. Expandiu sua visão, além daquilo que conhecia. Pôde perceber os animais e pessoas que viviam ao seu redor. Fez daquele momento triste uma oportunidade de reflexão e aprendizado. Momentos difíceis ocorrerão em nossa vida e isso não necessariamente é só ruim. Devemos mostrar as nossas crianças que podemos crescer e aprender com todas as experiências.  

Diversidade: Podemos ter amigos de todos os jeitos, cores e tamanhos. Enquanto seres humanos, temos as mesmas necessidades: de amor, carinho e respeito. A princesa sabia disso e olhava para todos como pessoas iguais a si. Ela não via diferença.  Aqui temos a importância da diversidade no mundo e nas relações. 

Padrões sociais impostos: Os pais querem trazer ela de volta, colocá-la novamente dentro dos padrões e dentro daquilo que eles esperavam dela, assim como a sociedade e família faz com as meninas. Mesmo que haja uma desconstrução, a cultura insiste nos padrões e reforça que meninas sigam eles.  

Importância do conhecimento: Com a chegada de uma doença ao reino, a princesa propõe uma solução,  porque tinha conhecimento, porque havia estudado. Aqui devemos salientar a importância do conhecimento e de um pensamento inovador. A princesa propunha que as pessoas pensassem de forma diferente.  A princesa mostra a importância do estudo, como a grande oportunidade de descobrir coisas, até a cura de uma doença! 

 

4. A princesa e o gigante – Caryl Hart

O livro A princesa e o gigante de Caryl Hart fala sobre a coragem de uma menina, que era também uma princesa. Uma princesa que conseguiu fazer o que ninguém fazia: domar e cativar um gigante temido. Seus pais e os soldados do reino queriam resolver o problema de uma forma violenta, e a princesa trouxe um novo caminho. 

Esse livro traz valores feministas, uma vez que fala do entendimento e respeito às diferenças, bem como a resolução de um problema pela via do afeto e empatia. Ele reforça a necessidade de uma convivência harmoniosa e respeitosa.  O livro aponta para a abertura de um novo possível, já que, na história, havia regras estabelecidas pelos adultos e uma criança propõe algo diferente. Esse novo funcionou e transformou as pessoas da trama. Entretanto, a mudança só foi possível, pois a criança foi escutada e validada. Os adultos confiaram na capacidade da menina. 

Outro ponto muito rico que o livro traz é a questão da importância do conhecimento. O instrumento utilizado pela menina para enfrentar a adversidade foi um livro.  A leitura gerou conexão e acolhimento entre ela e o gigante. Foi através do livro, que a menina expressou sua força e coragem. Esse fato também nos mostra que as meninas podem oferecer muito mais do que sua doçura e beleza, como é esperado de uma princesa. Meninas devem ser reconhecidas e valorizadas por sua inteligência, coragem, determinação, entre tantas outras qualidades humanas.  

O que fica dessa linda e divertida história é que devemos enaltecer sempre as habilidades e qualidades das nossas crianças para que, assim, possam confiar em si próprias. E que, acima de tudo, o conhecimento liberta e permite que elas percorram qualquer caminho que desejarem.”  

5. Princesinha, não! – Ana Dams e Fe Sponchi

princesinha nao

O livro Princesinha, não!, escrito por Ana Dams e ilustrado por Fe Sponchi traz um príncipe que é apresentado como um homem valente e forte, capaz de proteger a princesinha. Ela a salva de uma bruxa, e assim, ela se casa com ele. Há uma promessa de felicidade eterna por parte do príncipe.  Este é o enredo da maioria das histórias de princesas.  A mensagem que fica evidente é de que as meninas serão salvas por um homem forte e valente e que o casamento será a fonte de sua felicidade. É urgente desconstruirmos isso com nossas crianças, principalmente com as meninas.  Desde muito pequenas, elas já lidam com essa ideia de que um dia irão se casar com um príncipe, um homem especial. 

Ao longo desse casamento, a princesa começa a se sentir triste e sozinha. O livro retrata isso de forma bem interessante, contando que a princesa se percebe pequena diante do mundo. Ela se esvazia e diminui em função do casamento.  A princesa deixa de ser ela mesma e vira apenas uma princesa, que deve cumprir as expectativas do príncipe e viver para ele. 

Ela mesma não se reconhece mais e não se coloca como uma pessoa, e sim, como a esposa do príncipe. Ela percebe que não sabia mais nada de si, do que gostava, do que tinha medo, etc. Sua identidade e auto estima estavam completamente abaladas. 

Ao andar sozinha por diversos caminhos, ela vai encontrando animais e interagindo com eles.  Nessas interações, ela é Mariê, e não mais uma princesa. Ali ela consegue ser ela, se expressar espontaneamente e cativar os animais com suas habilidades e carisma. Então, de repente se percebe grande novamente.  Se sente forte e robusta, se percebe enorme. Ela lembra como é bom viver e o quanto ela é especial.  Ela se sente amada e útil. Aqui podemos lembrar o quanto todas as relações de nossa vida são importantes e não somente o amor romântico. Amigos, família, animais… Todas essas relações, enquanto saudáveis, podem nos ajudar a evitar ou até mesmo romper com um relacionamento abusivo. Além disso, não podemos esquecer do amor próprio, que é determinante em relação ao tipo de escolhas que iremos fazer.  

A moral da história

No momento em que o príncipe vê a princesa de longe, ele não a reconhece. Ele enxerga um ser gigante e se sente ameaçado por ela. Manda os guardas atirarem nela. Quando percebe que aquele ser enorme era a princesa, ele ainda age como sempre.  Como se fosse seu dono, ele a manda voltar ao normal.  Então ele percebe que ela está muito forte e ser autoritário de nada adiantará. Ele faz promessas caso ela volte ao tamanho normal e ser a princesa de antes. Mas a princesa havia encontrado sua força, ela não tinha como voltar a ser pequena. Ela não cabia mais naquele lugar. Ela havia entendido que aquele tipo de relacionamento custava sua felicidade e sua própria vida. 

Lembrem-se!

Meninas devem ser reconhecidas por suas habilidades e ideias, não pela sua aparência física. Meninas não são obrigadas a casar, mas caso queiram, devem escolher. E escolhas devem ser respeitadas. Meninas devem ser preparadas para identificar os perigos e relações que lhe fazem mal. Meninas devem buscar sempre relações saudáveis, independente quem seja sua escolha amorosa. Por fim, meninas podem escolher seus destinos, fazer o que desejam: viajar, estudar e viver muitas coisas. Podemos mostrar a elas que o final da história não é o mais importante; o mais importante é estar feliz durante a caminhada. Fundamental é serem livres para fazer escolhas, todos os dias. 

Boa Leitura!

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Protagonismo negro: 8 livros para empoderar crianças negras

No Brasil, infelizmente, sabemos que o racismo está tão profundamente em nossa cultura que pessoas brancas são muito privilegiadas em diversas áreas da sociedade simplesmente por serem brancas, em detrimento às pessoas de outras raças, como negros. Isso é o que chamamos de racismo estrutural. Vivemos em um momento de grande resistência negra, que traz cada vez mais consciência sobre esse contexto, mas o racismo estrutural ainda existe e, de maneira brutal, machuca pessoas negras – física e psicologicamente – todos os dias. 

A luta pelo protagonismo negro

Em um país com enorme diversidade racial como é o Brasil, precisamos ensinar a futura geração não só a respeitar a todos de maneira igualitária, como a  lutar ativamente para que todas as pessoas tenham condições de ocupar espaços econômicos, políticos e sociais que são, historicamente, ocupadas pelas pessoas brancas. Abolir o racismo estrutural ainda é bastante complexo, mas a realidade pode mudar se conscientizarmos, desde já, nossas crianças com relação ao tema.

Por isso, elencamos 8 livros espetaculares para mostrar a força e a potência de protagonistas negras para inspirar nossas crianças desde cedo, educando-as na luta antirracista!

 

1. Meu crespo é de rainha 

 

meu crespo é de rainha

O livro Meu crespo é de rainha, escrito pela inesquecível Bell Hooks é ideal para falar sobre o tema com as crianças mais novas, de 0 a 4 anos.

O livro traz, de um jeito divertido, a potência e a força do cabelo afro, com todas as suas possibilidades. Bell Hooks (Gloria Jean Watkins) foi autora, professora e ativista social e nos presenteia com uma linda obra que exalta a beleza do cabelo afro!

Sobre isso, Ellen Moraes Senra, psicóloga e curadora de nosso clube, escreveu, na carta de apoio à leitura referente ao livro: “crianças negras podem enfrentar quem pense que sua beleza e seu cabelo não são bonitos tal como são. Se não elas, um de vocês já pode ter passado por isso. Sem a representatividade que o livro nos traz, era mais difícil acreditar que cabelos crespos eram de rainhas. Ouso dizer-lhes que eu mesma cresci sem saber.

Ainda que o crespo, preso ou em adorno – como diz a autora – imite bem o formato de coroa, nos ensinaram que só um tipo de cabelo era correto, já que não existiam princesas de cabelos crespos ou trançados. Que bom que criaram materiais que nos possibilitam ressignificar a realeza e contribuir para que as pequeninas se formem conscientes de sua grandeza.”

“Que bom que criaram materiais que nos possibilitam ressignificar a realeza e contribuir para que as pequeninas se formem conscientes de sua grandeza.” (Psicóloga Ellen Senra)

 

 

2. O mundo no black power de Tayó  

o mundo no black power de tayo

O livro O mundo no black power de Tayó é uma obra-prima da autora Kiusam de Oliveira, indicado para crianças de 5 a 8 anos. Kiusam recebeu o prêmio ProAC Cultura Negra 2012 e o livro foi elencado no ranking dos dez livros mais importantes do mundo, em direitos humanos, pela ONU.

Tayó, protagonista desse livro, é a menina negra que queremos ver crescer pelo mundo. Tayó é doce, forte, confiante e empoderada e é assim que queremos ver nossas pequenas crianças negras. Dessa forma, esse livro desperta nas crianças a importância de valorizar a beleza da cor negra e entender que cabelos crespos carregam o valor de seus ancestrais. 

 

 

3. Amor de cabelo  

 

A obra Amor de Cabelo conta a história de Zuri e é um livro indicado para crianças a partir de 4 até 8 anos

Comovente e empoderador, o livro é baseado no curta-metragem de mesmo nome que ganhou o Oscar! A história exalta o carinho ao próprio cabelo, além de exemplificar com bastante cuidado o amor entre pais e filhas.

Zuri mostra às crianças todas as potencialidades de seu cabelo: ele pode ser trançado ou enrolado, com trança nagô ou trança twist, tornando-a de princesa a super-heroína.

O empoderamento da menina negra e o fortalecimento do conceito do amor preto – entre pai e filha, entre o casal e a família como um todo – nos faz enxergar que existem outras construções e vivências para além dos padrões estabelecidos e comercializados na mídia e sociedade em geral. É esse o conceito de representatividade de Amor de Cabelo nos apresenta!

 

 

4. Quinzinho  

 

A obra Quinzinho foi escrita por Luciano Ramos e é uma resposta urgente para a construção de uma sociedade antirracista.

Quinzinho, um menino alegre e descontraído, está agindo diferente e seu pai, atento, imediatamente nota. O pai, pergunta, então, o que está afligindo o menino.  Quando Quinzinho aborda sua insegurança em relação à sua cor de pele, vemos que o orgulho de seu pai – ao contar sobre os super-heróis, homens exemplos e ídolos pretos reais – é o que auxilia o menino a enfrentar esse momento de angústia e empoderar-se contra o racismo.

O amor entre pai e filho também mostra a importância de estarmos abertos às questões das crianças, atentos aos seus sentimentos e emoções e dispostos a desenvolver sua auto-estima, ajudando-as a aceitar suas raízes, aceitar quem são e a amar incondicionalmente a si mesmos e sua ancestralidade, além de trazer uma masculinidade alternativa e afetuosa.

Assim, Quinzinho e sua família trazem questões fundamentais para enfrentrarmos a sociedade racista: a importância do orgulho de ser preto e preta, de honrar a história e a ancestralidade do povo negro, o empoderamento das crianças para enfrentarem o racismo.

 

5. O pequeno príncipe preto  

 

O Pequeno Príncipe Preto vive em um remoto planeta com sua única companheira, uma árvore Baobá. Quando chegam as ventanias, o menino viaja por diferentes planetas, espalhando o amor e a empatia. Escrito por Rodrigo França, essa obra importante na luta antirracista incentiva nossas crianças a conhecer sua própria história e honrar sua ancestralidade. 

Afinal, “como pode existir o hoje e o agora se você não conhece seu passado?”, reflete o Pequeno Príncipe Preto. 

Esse é um livro que vale a pena ter em casa e revisitar, sempre que possível! 

 

6. O pequeno príncipe preto para pequenos  

 

E essa delicada história também alcança meninos e meninas em processo de alfabetização, por meio do título Pequeno príncipe preto para pequenos!

Rodrigo França, aqui, nos mostra que nunca é cedo demais para educarmos nossos bebês e crianças contra a segregação racial e que, desde cedo, podemos descobrir a importância de nossos laços de carinho e respeito à ancestralidade.

Afinal, como diz o Pequeno Príncipe Preto, junt@s somos mais fortes!

 

7. Sulwe  

 

Sulwe é uma obra para colecionar! Ele foi escrito por Lupita Nyong’o, uma das mulheres negras de maior destaque na mídia atual, ganhadora do Oscar e considerada um ícone da causa racial e do feminismo. Sem dúvidas uma inspiração para meninas e mulheres de todas as idades! O objetivo da autora é inspirar crianças a se sentirem confortáveis e se amarem em suas peles, passando a enxergar a sua verdadeira beleza.

A protagonista Sulwe conta a história relata sua infância no leste africano e suas angústias por ter a pele escura. 

“Sulwe é, com certeza, o livro com uma das histórias mais realistas sobre a infância de uma menina negra que eu já li. Acredito que você adulto irá se identificar assim como eu me vi lendo cada página. Quem nunca tentou “branquear” sua pele, quem nunca desejou ser mais clara ou até mesmo pediu a Deus que ao acordar fosse branca?

Em uma viagem mágica, a autora, com toda sua delicadeza, conta a história de duas irmãs e nos faz enxergar a nossa importância e de onde vem o nosso verdadeiro brilho.”  conta Rayssa de Oliveira, estudante de psicologia e curadora do Minha Pequena Feminista, em sua carta de apoio à família, escrita aqui no clube. 

 

8. As lendas de Dandara  

 

As lendas de Dandara narram a luta constante desta guerreira em fazer aquilo que desejava e sentia em seu íntimo ser seu destino. Ela possuía força, inteligência, audácia, sabia lidar desde os afazeres básicos de manutenção do Quilombo até às estratégias necessárias para lutar bravamente pela libertação do seu povo!

Mesmo com todas as provas que Dandara deu sobre sua capacidade de liderar e lutar, insistentemente, sua condição de guerreira era questionada pelo simples fato de ser mulher.

Por isso, esse livro é uma saudação à ancestralidade e memória do povo preto! Dividido em 10 contos, a narrativa construída por Jarid Arraes mistura história, ficção, religiosidade e diversidade cultural com o intuito de resgatar parte da memória africana apagada no processo de epistemicídio e etnocídio, a escravidão, o qual reflete mazelas sociais até os dias atuais.

 

 

Representatividade importa! Tragam referências de protagonistas negras e negros para todas as crianças e desenvolvam, em casa, uma educação antirracista!

Contem conosco nessa luta & Boa leitura!

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Diversidade na educação infantil: Como falar sobre LGBTQIA+?

Adultos devem falar sobre questões LGBTQIA+ com as crianças assim como qualquer outro tema! Não devemos lidar com essa temática como se fosse um tabu. O foco da conversa é que a criança compreenda que pessoas são diferentes e que respeito é essencial. 

Aqui no clube, acreditamos na transformação do mundo por meio da educação da nova geração! Por isso, achamos importante desconstruir o tabu relacionado à temática LGBTQIA+ com as crianças: falar sobre isso é falar sobre RESPEITO, DIVERSIDADE, LIBERDADE, AMOR e RESPEITO. Mas como falar sobre isso? 

 

Confira as dicas do clube para falar sobre diversidade na educação infantil e sobre a temática LGBTQIA+: 

 

1. Deixe a criança abordar o tema. 

A criança certamente abordará o tema em algum momento, trazendo dúvidas, questões, ou algum exemplo que viu na rua, na escolha ou na família. Não existe uma idade certa para que isso aconteça, mas permita que a questão venha à tona, sem precisar abordá-la ativamente. Assim como qualquer outro assunto, precisamos estar abertas ao diálogo com as crianças e responder às suas dúvidas de maneira natural e sem pré-conceitos. 

Você estará enviando uma ótima mensagem a sua filha/filho mostrando-se aberta e disponível para essa conversa. 

2. Não tenha medo de não saber

Você não precisa dominar os termos e conceitos desse universo para conversar com a criança. Lésbisca, gay, bissexual e trans são termos que podem aparecer na conversa e faz parte admitir que não sabe. É importante que você esteja disponível para estudar e conhecer mais. 

Cada criança também terá um entendimento diferente a depender de sua idade. O principal é que compreenda que Respeito é Essencial!

3. Quebre seus próprios tabus primeiro

Sabemos que a estrutura social do Brasil ainda é, infelizmente, de intolerância! Por isso, precisamos nos movimentar o quanto antes para mudar essa realidade, dentro de fora de nós. 

Muitas vezes, nos sentimos inseguras para ter esse tipo de diálogo por conta de possíveis crenças sociais e religiosas que são frutos de nossa educação conservadora. Mesmo assim, isso não pode nos impedir de estar disponível para essa conversa e para, acima de tudo, aprender com a reação das crianças. É muito comum que elas entendam com enorme facilidade que AMOR é AMOR e que as pessoas são diversas. 

 

E isso é o que importa.   

 

Confie no julgamento de sua criança e esteja com a menta aberta para mudar seus próprios  julgamentos.

 

4. Invista em livros infantis que tratem do assunto

Para apoiar vocês com isso, é claro, veja três dicas de livros mágicos para tratar sobre o tema com as crianças. 

mão não é uma só, eu tenho duas

O livro Mãe não é uma só, eu tenho duas conta, de maneira maravilhosa, a história de Malu e de suas duas mães. A história mostra a rotina dessa família, seu dia-a-dia, a simplicidade do brincar junto e estar junto. A delicadeza dessa história nos confronta com nossa própria ideia conservadora e pré-construída sobre o que é o Diferente e o que o Normal.

Já o livro Como nascer de duas mães: guia prático é a jornada da protagonista Lupe para explicar como é possível que duas mães tenham bebês. Este  não é apenas um livro sobre possíveis formações familiares como é o primeiro livro infantil brasileiro que aborda todos os processos que duas mulheres podem passar para tornarem-se mães. O livro é recomendado para crianças de 7 a 9 anos.

Por fim, o livro A Princesa e a Costureira conta a história da princesa Cíntia, prometida em casamento com o príncipe do reino vizinho. Porém, próximo à época da cerimônia, a princesa apaixonou-se perdidamente por outra pessoa, desafiando os interesses e tradições conservadoras do reino. Este é um livro muito especial para trazer a discussão sobre a diversidade humana e para apoiar a luta pelos direitos das pessoas LGBTQIA+. Essa obra é recomendada às crianças mais velhas, de 10 anos ou mais.

Contem conosco nessa luta & Boa leitura!

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Livros para bebês: Como estimular a leitura nas crianças mais novinhas?

É possível estimular a leitura para bebês?

Será que eles entendem o que está você está contando na história? Temos muitos bebês em nosso clube e estamos sempre tentando pensar em maneiras de fazer com que as histórias feministas sejam divertidas e interessantes para bebês mais novos, trazendo também sugestões de livros e boas práticas para que eles adorem os livros desde cedo. A seguir, algumas dicas do clube de como podemos fazer com que os bebês aprendam sobre a importância da leitura e mergulhem nesse mundo mágico desde cedo.

  1. Crie uma atmosfera única para ler com o bebê

O primeiro passo para uma leitura interessante com bebês é criar um lugar confortável e calmo para as leituras. O lugar ideal é aquele em que vocês se sentirem bem: Um cantinho aconchegante com iluminação e música de fundo ajuda a potencializar as sensações do momento e imprime no subconsciente do bebê que o momento da leitura é um momento agradável. Esse lugar pode ser dentro ou fora de casa, como vocês preferirem! Também pode ser um cantinho fixo ou montado quando a leitura for começar, mas o mais importante é que seja mágico e gostoso para família e bebê. 

  1. Explore os elementos de cada livro

Quem não fica ansiosa para abrir o pacotinho do clube para ver livrinho do mês de seu plano de assinatura ou quando compra um livro pela internet? É nessa ansiedade que, às vezes, abrimos o livro sem mostrar para o bebê! Então, que tal antes de ler o livrinho, apresentar todos os elementos que acompanham o livro: a caixinha, a capa, as imagens?

A princípio, o bebê não vai compreender todos os itens, mas é assim que começa o relacionamento dele com o livro e seus elementos. Além disso, a leitura inicial da capa e das informações da folha de rosto é importante para você e bebê desligarem-se do mundo externo e entrarem no livro.

Conecte-se com editora, autores, ilustradores, cores do livro…

Assim, você consegue transferir sua imersão e sentimentos sobre a história para o bebê. 

Você tem crianças maiores em casa? Saiba como estimular também a leitura na educação infantil

  1. O livro precisa estar visível

Deixe o bebê interagir com o livro! 

Durante a leitura você pode colocar as crianças sentadas ao seu lado ou no seu colo, de frente para você, você pode se deitar ao lado dele e segurar o livro sobre você, mas sempre leia com o livro virado para o bebê para que ele acompanhe as ilustrações e as páginas enquanto lê.

Por isso, permita que explore as imagens e sinta a textura das páginas, a experiência pode ser muito mais interessante!

O importante é transformar o momento em algo único e prazeroso! 

  1. Use vozes e entonações

Respeite os momentos da história, os silêncios, as pausas das pontuações, assim você dará o ritmo que o autor propõe para a obra.

É legal que você realmente consiga entrar na história também, por isso, não tenha pressa!

Nesse caso, sugerimos que você reproduza os mais diferentes sons, como por exemplo: a batida na porta, o som do vento, o barulho da chuva. Outro ponto importante é interpretar as vozes dos personagens ou dar outras entonações durante a leitura em voz alta.

Divirta-se! Sinta as emoções que estão acontecendo na história e permita que seu corpo possa interpretá-las ao bebê!

  1. Perceba as reações do bebê

Preste atenção no seu bebê!

Quando vocês estiverem lendo note o ponto que chamou mais atenção, o que despertou mais euforia ou aquele que a criança aponta e ficou mais concentrada. Nesse momento você pode falar mais sobre o personagem, o momento ou a figura que estimulou mais a interação do bebê!

Portanto, perceba as reações da sua criança e encontre a melhor forma de fazer esse momento ser mágico.

 

E sempre lembre: não existe fórmula mágica para fazer o seu bebê se interessar pela leitura. O importante é estar atenta às reações e ir desenhando novas estratégias para cada nova história!

Dicas de Livros 

Alguns livros aqui no clube podem colaborar muito para criar magia no momento da leitura para os bebês, além de apoiar, desde muito cedo, o desenvolvimento de uma educação voltada para a Diversidade, Empatia e Inclusão. Confira essas dicas:

O livro Todos são bem-vindos é um livro colorido e perfeito para crianças mais novinhas: ele está ambientado em uma escola onde todos são muito bem-vindos: não importa a origem, não importa a cor, formato dos olhos, os gostos, cada um tem seu lugar garantido e todos aprendem a celebrar o amor e a diversidade. Com ele, acompanhamos junto com os bebês um dia nesta escola onde todos são recebidos sem preconceito nem distinção. 

 

Amazon.com.br eBooks Kindle: Todos são bem-vindos, Penfold, Alexandra

 

As cores do livro e o texto rimado farão com que os bebês se encantem por essa obra! 

Cores super vibrantes são o segredo para fazer com que o livro Quem disse? seja um dos preferidos dos bebês assinantes aqui do nosso clube! 

E o tema dessa obra é lindo: Novas possibilidades de brincar, ser e sonhar, desconstruindo estereótipos e padrões de gênero. O livro fala sobre masculinidade alternativa, educação de meninos e empoderamento de meninas, trazendo masculinidades positivas, inclusão, empatia. O que acham? 

Quem Disse? - Caroline Arcari - Minha Pequena Feminista

Boa leitura!

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Minha Pequena Feminista - Clube de Livro Infantil Feminista

O clube Minha Pequena Feminista é um clube de assinatura de livros infantis focado na escolha de livros com protagonistas meninas e mulheres! O objetivo da curadoria é trazer histórias que promovam a igualdade de gênero e o empoderamento feminino, demonstrando a importância de trazer referências de mulheres bem-sucedidas e independentes desde muito cedo. 

 

 

Leitura na Educação Infantil: Como estimular a leitura com as crianças? 

Nós, adultos e leitores ávidos, sabemos tudo sobre o poder e a importância da leitura em nossa vida e em nossa sociedade: desenvolvimento de consciência crítica, expansão de vocabulário, bagagem de conhecimento, além de, claro, trazer momentos de prazer, viagens a mundos mágicos e relaxamento.

 

Mas, como familiares, conseguimos ensinar sobre o poder da leitura às crianças? Existem dicas para estimular a leitura na educação infantil e transformar o momento de ler em um momento mágico e divertido. Separamos algumas dicas para te ajudar a fazer com que a história fique ainda mais interessante para as pequenas e pequenos feministas!

  1. Respeite a faixa etária da criança. 

Apesar de existir uma indicação etária para cada livro, a experiência e interação com ele vai variar de acordo com o desenvolvimento de cada criança e com contexto social em que ela está inserida. Quanto mais perto você estiver da criança no momento da leitura, maior será sua sensibilidade para entender quais são os conteúdos que ela absorve e quais são aqueles com os quais ela tem mais dificuldade.

 

A dica é: comece respeitando a faixa etária indicada pelas Editoras ao trazer livros novos e comece a observar.

Algumas crianças se sensibilizam mais com as imagens. Outras gostam muito de palavras. Adapte os livros conforme você for percebendo a evolução ou dificuldade da criança na leitura. 

  1. Cada criança tem seu tempo

Nem todo livro vai despertar o mesmo nível de interesse nas crianças. Como adultos, mesmo tentando estabelecer rotinas para nossa leitura diária, às vezes não conseguimos ler o tanto que planejamos, por conta do cansaço, do ritmo mental, de outras atividades Pode ser que o livro não seja interessante. Se não conseguimos, não devemos cobrar isso das crianças. Pode ser que tentemos estabelecer uma rotina de leituras, mas nem sempre a criança estará disposta ou empolgada o suficiente para seguir nosso cronograma.

O ideal é estar sempre atenta/o às necessidades e interesses da criança. A leitura deve ser prazerosa e o livro um amigo para todas as horas! Estabelecer um cronograma de leitura é legal, mas respeite caso a criança não queira seguir com aquela história. Você pode experimentar trocar de história e verificar o interesse da criança. Se, ainda assim, a empolgação não vier, vamos tentar de novo amanhã! 

  1. Invista em conversas durante e após a leitura

Se você é nossa assinante, já sabe que todos os meses nossa curadoria encaminha uma carta com reflexões que podem ser feitas a partir da história daquele mês. Pode parecer difícil conversar sobre a história, mas existem diversas formas de fazer isso: você pode ir perguntando ao longo da história se ele gostou, pode sugerir brincadeiras a partir do livro ou até reproduzir os personagens em desenho.

Deixe a criança livre para expor sua opinião, sentimentos referente à história! Ajude-a a sentir-se parte daquele mundo literário, para que se acostume a mergulhar na magia dos livros.

Bebês em casa? Veja dicas de leitura e livros para bebês 

  1. Crie uma atmosfera confortável para leitura

Encontre um lugar confortável e calmo para as leituras da criança. Você pode criar uma atmosfera tranquila e aconchegante para potencializar o momento, por exemplo: uma música de fundo, uma iluminação diferente.

Você também pode montar um lugar exclusivo para isso, dentro do próprio quarto da criança ou em outra área da casa, pode ser uma cabana improvisada, um puff na área externa. Isso estimula sensorialmente a magia do momento, tornando-a ainda mais agradável. Não existe certo ou errado, o lugar ideal é aquele em que vocês se sintam bem! 

  1. Entenda que cada livro tem a sua hora

Não é porque um livro não foi bem recebido hoje que ele continuará sendo rejeitado amanhã! Quem nunca redescobriu uma obra literária ou audiovisual que não gostava no passado e depois acaba adorando ao dar uma segunda chance? Isso também acontece com as crianças.

Não gostar de um livro faz parte do processo de desenvolvimento da autonomia e das preferências da sua pequena ou pequeno. Guarde o livro e reapresente ele em outro momento, proponha discussões a partir dos pontos que fizeram com que não se interessasse pela história.

  1. Dê o exemplo

Além de criar um ambiente confortável para a leitura, de deixar a criança interagir com o livro da forma que é mais interessante e prazerosa para ela, é preciso mostrar que você também gosta de livros.

Mostre o que você está lendo, tenha livros em casa, receba e dê livros de presente e dessa forma, a sua interação com a leitura poderá despertar a curiosidade da sua criança em conhecer e mergulhar nesse mundo tão encantador!

Dicas de Livros

Para ter mais referências sobre o tema, sempre trazemos sugestões de livros que apóiem nossas discussões! Por isso, aqui vão algumas sugestões de livros que apóiam a leitura na educação infantil e promovem a magia dos livros.

O livro Lia Lia, por exemplo, ideal para crianças de até 5 anos, foi enviado para assinantes do clube no mês de Setembro de 2021 e trata-se de um livro que promove a importância do ato de ler. A brincadeira com as palavras acontece já no título Lia lia, uma vez que os pequenos leitores estarão diante da ampliação de sentidos de uma mesma palavra.

 

Debora Garofalo - No Meio Do Caminho Tinha... Coragem - Carrefour

O livro Débora Garofalo: No meio do caminho tinha… coragem. conta a história de Débora Garofalo, considerada uma das 10 melhores professoras do mundo. A história da Débora, além de inspiradora e exemplar, ilustra a importância de valorizarmos a educação. Esse livro é ótimo para conversar sobre o tema com crianças de 9 a 13 anos.

Boa leitura!

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Minha Pequena Feminista - Clube de Livro Infantil Feminista

O clube Minha Pequena Feminista é um clube de assinatura de livros infantis focado na escolha de livros com protagonistas meninas e mulheres! O objetivo da curadoria é trazer histórias que promovam a igualdade de gênero e o empoderamento feminino, demonstrando a importância de trazer referências de mulheres bem-sucedidas e independentes desde muito cedo.